Redes sociais e manifestações

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Quando a gente dá uma zapiada nas diversas fotos, que estão correndo pela web, sobre as manifestações que aconteceram (e que estão acontecendo) no país, chegamos a ficar assustados.

O poder e a força das redes sociais são tremendos e têm se potencializado a cada dia. O que isso quer dizer? Muito.

Vou citar alguns fatos dessas manifestações para se ter a ideia.

– No dia 17/05, o ato agrupou 65 mil pessoas em São Paulo e 100 mil pessoas no Rio de Janeiro. Fora esses números, outras cidades também levaram muito mais jovens às ruas;

– No evento criado no Facebook para o dia 17/05 haviam 175 mil pessoas confirmadas para participar da manifestação apenas em São Paulo;

– O número de pessoas nas ruas no dia 17/05 foi maior do que o do movimento Fora Collor, em 1992, que levou 350 mil pessoas;

– A Anistia Internacional se preocupou com o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo, pensou em até em interferir;

– A Fifa pensou em cancelar a Copa das Confederações diante do número de pessoas que saíram nas ruas;

– Em outros dias de manifestações, o número de jovens nas ruas variou entre 3 mil a 20 mil pessoas;

– A Presidente Dilma ficou impressionada com as manifestações, tanto que fez seu marketing agir e foi correndo para TV propor novas propostas para o povo. Além de ter convocado reuniões com prefeitos e governadores de cada Estado do país.

– Feitos do Lulismo começaram a ganhar evidência na mídia e nas redes. Fazendo com o populismo do ex-presidente caísse significamente.

– A aprovação da presidente Dilma caiu pela metade.

– Projetos pendentes ou não aprovados pela população que estavam nas mãos de políticos ganham destaque e novos rumos.

O Ibope fez uma pesquisa nas manifestações. Veja alguns resultados:

 Perfil dos entrevistados
Sexo:
– Masculino: 50%
– Feminino: 50%

Idade:
– 14 a 24 anos: 43%
– 25 a 29 anos: 20%
– 30 a 39 anos: 18%
– 40 ou mais anos: 19%

Escolaridade:
– Até colegial iniciado: 8%
– Colegial completo ou ensino superior iniciado: 49%
– Superior completo: 43%

Em relação à renda:
– 15% têm renda familiar até 2 salários mínimos;
– 30% têm renda familiar acima de 2 até 5 salários mínimos;
– 26% têm renda familiar acima de 5 até 10 salários mínimos;
– 23% têm renda familiar acima de 10 salários mínimos;
– 6% não responderam.

Em relação à função remunerada:
– 76% trabalham;
– 24% não trabalham.

– 52% estudam;
– 48% não estudam.

4- Participação em outras manifestações
E antes dessas manifestações iniciadas no começo do mês de junho, você já tinha participado de alguma outra manifestação de rua?
– Sim: 54%
– Não: 46%

5- Como Soube:
Como você soube da manifestação:
– Amigos e colegas: 28%
– Base do movimento: 3%
– Facebook: 62%
– Familiares: 3%
– Internet – outros meios: 29%
– Jornais impressos: 4%
– Jornais online: 3%
– Radio: 4%
– TV: 14%
– Twitter: 1%

6- Como se mobilizou:
Você se mobilizou para as manifestações através das redes sociais como facebook e twitter?
– Facebook: 77%
– Twitter: 1%
– Os dois: 8%
– Não se mobilizou através de redes: 13%

Você utilizou alguma rede social para convocar outras pessoas para esta manifestação?
– Sim: 75%
– Não: 25%

Você veio sozinho ou acompanhado a esta manifestação? Por quem?
– Namorado(a); Marido/ Mulher: 11%
– Amigo ou colega: 65%
– Filho (s): 4%
– Pai/Mãe: 2%
– Irmão ou outros parentes: 8%
– Veio sozinho: 22%

Só para lembrar essas manifestações foram todas(!) orquestradas apenas nas redes sociais!

Manifestações nas redes sociais são comuns, mas nunca tinham saído para as ruas. Aliás, protestos acontecem todos os dias nas redes, os trending topics do Twitter ou as timelines do Facebook mostram o tempo todo.

Mas por que será que elas estão ganhando força? Porque além de ter acontecido uma mudança significativa no perfil do jovem, que é mais contestador, as redes passaram a ser essenciais na vida das pessoas. E estão no dia a dia delas.

Quantas vezes você não viu pessoas no celular no metrô, no carro ou no ônibus? As redes sociais passaram a ser rotina na vida de todos, gerando novos comportamentos. Um deles é ser sentir parte da sociedade criando um sentimento civil de lutar pelos seus direitos.

Nas redes, as pessoas não possuem medos e criam coragem para reclamar, pedir justificativas e soluções. Sejam para  pessoas, empresas ou governos.

Será que a Dilma se preparou bem? Acho que ela não acreditava na revolução das redes, assim como muitas empresas. Será que a sua empresa está preparada? Você não está nas redes, ok. Não precisa se preocupar. Isso é mito! Você está nas redes só não sabe! O que será que estão falando de você agora? Estão falando bem ou mal? O que estão se manifestando sobre sua empresa?

Acredite, o Facebook tem poder! Amém!

Foto: Folha de S.Paulo

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